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Como viver exclusivamente da Psicologia Clínica?

Eu não sei se você, que está lendo esse texto, sabe quem eu sou! Me chamo Priscila Bastos e vivi exclusivamente da clínica. Hoje eu concilio meu trabalho da clínica com cursos para Psicólogos, então, continuo exclusivamente como autônoma. Sou Gestalt-terapeuta e atendo exclusivamente crianças no consultório particular.

Por que eu resolvi começar esse texto me apresentando? Porque acho importante que você saiba quem está falando desse tema, alguém que vive essa realidade há quase 5 anos.

Resolvi abordar esse texto em alguns tópicos. O primeiro deles e talvez um que seja essencial é:

1. É preciso acreditar que é possível viver da Psicologia clínica.

Aqui eu estou falando de Mentalidade. Ao longo da formação em Psicologia nós escutamos várias coisas que se referem à prática. Algumas dessas ideias, a depender de quem disse e do momento em que disse, podem gerar impedimentos que fazem com que nós não consigamos de fato efetivar nossa carreira na psicologia clínica. É super importante fazer esse resgate na sua história para saber como está a sua mentalidade sobre atuar na clínica. Então, primeira coisa: Mentalidade!

2. Enxergar a Psicologia clínica como atividade profissional.

Existe uma relação que precisamos explanar antes de entrar nesse tópico que é a seguinte:

Trabalho Dinheiro Vida pessoal
Na nossa vida, nós TRABALHAMOS geralmente com algo que temos habilidade para contribuir com a sociedade. Como fruto do trabalho, recebemos além de realização, dinheiro. Com esse dinheiro, nós sustentamos nossa casa, criamos nossos filhos, pagamos nossas viagens, entre outros.

Diante desse esquema que apresentei vamos refletir: se nós não considerarmos o nosso trabalho com a Psicologia Clínica de forma profissional, nossa atuação na clínica sempre terá que ser acompanhada de outra atividade que nos forneça nosso sustento de vida pessoal. Nesse caso, você terá que se dedicar a sua atividade profissional e à psicologia clínica, reduzindo seu tempo e energia sobre algo que você gosta de fazer. A depender da forma como você lide com a clínica, pode ser até que ela esteja chegando como realização pessoal, nesse caso, estará no quadradinho de “vida pessoal” no esquema acima.

Da mesma forma que eu falei no primeiro tópico, é possível que existam ideias enraizadas que lhe impossibilitem de ganhar dinheiro da atividade de Psicologia clínica. Algumas pessoas acreditam e transmitem a ideia de que por ser uma profissão de ajuda não se pode cobrar. Mas é um serviço como qualquer outro da área de saúde e que precisa de muito investimento estrutural e em qualificação continuada para ser executado de uma forma bem-feita. Segunda coisa: é preciso reconhecer que é uma atividade profissional.

3. Organizar as atividades de um Psicólogo clínico para além do atendimento.

Agora se você já sabe que realmente quer atuar exclusivamente na clínica vamos abordar alguns aspectos práticos. O primeiro deles é que as atividades de um psicólogo clínico não se restringem ao momento do atendimento, vão muito além disso. Vou usar um exemplo de uma outra profissão para que fique mais fácil de entender. Vamos imaginar uma banda de música. Ela tem o momento do show como atividade remunerada, mas para realizar o show tem muito investimento em estrutura que ela tem que fazer antes, instrumentos, transportes dos instrumentos, ensaios e muito mais. Na Psicologia clínica é a mesma coisa.

Nós temos o tripé básico: atender, estudar e fazer supervisão, mas ainda tem muito mais do que isso, como por exemplo tempo de registro dos atendimentos, divulgação do próprio trabalho, agenda e burocracias, fazer a organização financeira do consultório, correção de teste e muito outros a depender da forma como cada um trabalha. Só que o que acontece é que isso não é contabilizado no tempo de trabalho apesar de precisar acontecer para que o atendimento seja bem qualificado. Então, é preciso contabilizar todo tempo que você se dedica ao trabalho, não só o momento do atendimento.

4. Ter um objetivo financeiro.

Se você não conta com a sua remuneração da função de Psicologia Clínica, com muito mais dificuldade você cobrará pelos seus serviços. Acontece que para você viver exclusivamente da Psicologia Clínica é essencial que você tenha uma remuneração adequada. Da mesma forma que eu citei acima que muitas vezes as pessoas não contabilizam o tempo de trabalho que depositam para outras atividades sem ser o momento do atendimento, algumas também não contabilizam os investimentos que têm com a profissão sem ser parte estrutural. Não contam o que gastam com CRP, Cursos, Supervisão, Materiais para o consultório, livros para estudar, manutenção da sala de atendimento, entre outros. Só que esses gastos não são imprevistos porque eles com certeza vão precisar acontecer. Sendo assim, se você tem algum interesse em trabalhar exclusivamente na Psicologia clínica, o primeiro aspecto financeiro que você tem que ter é uma reserva financeira exclusiva da sua atividade de Psicologia clínica. Para isso, você terá um objetivo financeiro para ser alcançado.

5. Autoconhecimento

Ser autônomo tem vantagens e desvantagens como qualquer outro formato de profissão. Existe a flexibilidade de horário, a possibilidade de fazer uma parte do seu trabalho em casa, instabilidade financeira, você é responsável pelo seu período de férias. Tudo isso que eu citei são características da vida do autônomo, não necessariamente boas nem ruins, depende para quem. Por isso que eu falo que é essencial que haja um autoconhecimento para saber como você vai lidar com esses aspectos. É preciso também diferenciar o que é uma dificuldade para os seus familiares e o que é uma dificuldade para você porque muitas vezes vejo as pessoas querendo suprir por exemplo a necessidade de ter um emprego com salário fixo porque as pessoas a sua volta é que sentem necessidade disso.

Se conhecer, saber se você tem disciplina, saber se você gosta de tomar iniciativa para as coisas, saber como você lida sem um horário rígido, faz muita diferença para que você assuma ou não a clínica como atividade profissional exclusiva. Os aspectos em si não são nem bons nem ruins, o que torna, por exemplo, horário flexível bom ou ruim é como você lida com isso. Todo trabalho terá coisas boas e ruins, você precisa se conhecer para identificar qual o que você quer ter como benefício e o que você sabe lidar como dificuldade.

6. Cadeira de luxo não atende cliente bem.

Talvez não tenha ficado tão clara a frase acima, mas não se preocupe, vou explicar agora mesmo. Eu acho essencial para ser um bom Psicólogo clínico investir naquilo que vai dar qualidade ao seu trabalho. Vejo muitas pessoas preocupadas com ter uma boa estrutura e às vezes até abrem mão de fazer supervisão ou algum curso. Mas muito mais importante do que ter uma boa estrutura é ter qualidade de trabalho. Se for possível ter as duas coisas, ótimo! Mas eu tenho consciência que muitas vezes é necessário escolher. Então, escolha a qualificação.

Finalizo nosso encontro textual de hoje com a ideia de que é possível sim ser exclusivamente Psicólogo clínico, mas desde que você esteja ciente de quais são as características dessa profissão e saiba que combina com você.

 

>> Texto publicado blog do Revire
Data: 26/02/2019

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Priscila Bastos
Priscila Bastos
Formada em Psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco, é especialista em Psicologia clínica com foco em Gestalt-terapia, pelo Instituto de Gestalt-terapia de Pernambuco e fez formação em Gestalt-terapia com crianças e adolescentes pelo Dialógico Núcleo de Gestalt-terapia, do Rio de Janeiro. Atua em consultório particular com atendimentos infantis, em Aldeia (PE), psicoterapeuta online para adultas, supervisora online e facilita o curso de Organização financeira para Psicólogos Clínicos.

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